quinta-feira, 29 de julho de 2010

A fita métrica do amor



Como é que se mede uma pessoa? Tudo depende da forma como a pessoa se envolve.
Para mim uma pessoa é enorme diante dos meus olhos quando fala do que leu e viveu, quando me trata com carinho e respeito, quando me olha nos olhos e sorri sem jeito. É pequena quando só pensa em si mesmo, quando fracassa justamente no momento em que mais precisas.

Uma pessoa é gigante quando se interessa pela minha vida, quando busca alternativas para o meu crescimento, quando sonha comigo. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no meu lugar, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma mesma pessoa pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. E é difícil conviver com esta elasticidade.

A verdade é que as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Tati Bernardo*

Sentir-se amada.*


Eu sei que sou amada porque ouvi as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, e que sugere caminhos para melhorar.

Sentir-se amado é ver que ele lembra de coisas que contaste a dois anos atrás, é vê-lo tentar fazer com que te reconcilies com o teu pai, é ver como ele fica triste quando estas triste, é ver ele se interessar até por aquilo que possa parecer bobo mas que para ti tem importância.

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora de uma discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceite, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Eu te amo nem sempre diz tudo.

~Tati Bernardo (algumas modificações minhas)

Saúde



Acho engraçado quando as pessoas dizem: Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir nova em folha.
Viajar me deixa tensa antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheia de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada! ~ Tati Bernardo

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Chocolate High*


If we make each other happy, then we just can't lose

You become a habit , the more i consume, the more i gotta have it (...) If you gave me everything it'd never be enough (...) I be trippin' in so many ways if i go a single day without a taste of your love (...) I'm addicted to your chocolate high ~ India Arie - Chocolate High (with MusiQ Soulchild)


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Está é para reflectir


Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata.


...A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando ela com o miolo. Ela pensou: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida".

Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse: "Muito obrigado por este presente, meu amor... Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!"

Moral da história:

1. Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro advinhe...

2. Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você...

3. Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.


*E eu já vinha fazendo isso. Vamos lá ver se os outros aprendem com está história. como se diz por aí ' É falando que a gente se entende...'

(Desconheço o autor)

Saber diferenciar as tentações


Ouvi outro dia a assistir a série CSI a seguinte frase 'A tentação tocará a campainha, mas a oportunidade baterá apenas uma vez na porta.' Tive mesmo que concordar. Este mundo é uma selva. Ao longo da vida podemos nos sentir tentados por várias coisas, seja por um suposto novo amor, seja por um suposto emprego melhor, seja até por um suposto novo amigo, o mundo é uma roupa na vitrine que nos impele a gastar o dinheiro do rancho, da electricidade de casa, da comida para o cão, em uma peça de roupa. o Mundo é feito para pessoas fortes. Pessoas que resistem a este íman que nos atraí a decisões precipitadas. Não me considero nem muito forte , nem muito fraca , encontro-me no intermédio, capaz de arriscar algumas vezes sem saber no que vai dar, mas com os pés suficientemente assentes no chão para saber quando não o devo fazer. Esta é a graça da vida, é isso que se aprende com a experiência. Eu acredito que seja exactamente essa a nossa missão na terra: aprender, aprender sempre. A vida nunca para de ensinar algo, temos que ter os olhos abertos para captar as lições. Muitas vezes não é fácil e a única forma que temos de saber é errando, arriscando e talvez saindo a perder..
Eu já me arrisquei muito e já perdi, já me arrisquei e ganhei. A vida é uma caixinha de surpresas. Mas aprendi muito de cada vez que cai nas tentações, aprendi quando é que vale a pena arriscar e quando não. Acredito que hoje tenho discernimento suficiente para distinguir quando vale a pena saltar da ponte e quando não. As vezes temos mesmo que ficar cómodos no nosso lugar do que saltar em cada penhasco que nos aparece enfrente. Nem sempre o caminho mais curto para se alcançar algo seja o caminho mais rápido. Claro que algumas vezes eu posso errar, posso parar quando devo andar, e talvez correr quando devo dar um pause , mas está é a vida: um constante aprendizado. O futuro só saberemos mesmo no futuro..*

Minha receita secreta.*


A minha infância ainda está a acontecer. Para mim a infância não é só um tempo, é a capacidade que tenho de me espantar e me fascinar, e nesse aspecto, ainda vivo em estado de infância. Tudo me fascina. […] Mas quero manter isso, apesar de saber que não é muito prático. A única maneira que tenho de ser feliz é ter esta sensação de estranhamento. Como se estivesse a olhar pela primeira vez as coisas. Essa é a minha receita para ser feliz. ~ Mia Couto

segunda-feira, 19 de julho de 2010

És feliz?


Quando estou com um grupo de pessoas e decido provoca-las usando uma das perguntas mais importantes da nossa existência, todas respondem: 'Sim sou
feliz'. Eu continuo: ' Mas não deseja ter mais? Não quer continuar a crescer?' e todas respondem ' É claro'. Eu insisto: ' Então não é feliz?'... Mudam todos de assunto.

Afinal de contas o que é a felicidade?

. Amor? o amor não traz felicidade, nem nunca trouxe, muito pelo contrário o amor é sempre sinónimo de angústia, de um campo de batalha, de muitas noites em claro em que nos perguntamos se estamos a agir correctamente. O verdadeiro amor é feito de êxtase e agonia.

. Paz? se olharmos para a natureza ela nunca está em paz. O inverno luta com o verão, o sol e a lua nunca se encontram, o tigre persegue o homem, que tem medo do cão e persegue o gato que persegue o rato e assusta o homem.

. Dinheiro? Dinheiro traz mais dinheiro e só.

Eu procurei a felicidade durante muito tempo, agora só quero ter alegria. A alegria é como sexo, começa e acaba. Eu quero prazer. Eu quero estar contente, mas felicidade?? parei de cair nessa armadilha..

in A Bruxa de PortoBello de Paulo Coelho*

A dona da história..*


- Se eu beijar você agora, eu vou querer beijar muito mais, a vida inteira, vou querer casar com você para poder beijar você toda noite, até toda noite virar uma noite outra, até uma noite outra virar de vez em quando, até de vez em quando virar nunca mais, até esse amor que agora é tão grande nem se lembrar mais de como era no passado. Eu não posso ficar com você. Eu não quero gastar esse amor, eu quero lembrar dele assim para sempre do jeito que a gente está sentindo ele agora...
- Nada vai mudar.
- Não depende da gente. É o tempo.
- Que tempo é esse capaz de mandar no meu amor? Tá pra nascer esse espaço de tempo capaz de me impedir de enxergar o que eu vejo, desejar o que quero, de amar o que eu sinto (...)

in A dona da História



(dos melhores filmes brasileiros que já assisti)

Gente chata


Nunca entendi gente triste. Nunca entendi ficar uma semana trancada no quarto sem comer pra chorar. Nunca entendi desistir da vida porque o fulano não te quer mais. Ser triste é chato e eu detesto gente chata . Não me entendam mal, eu gosto de dia nublado! Adoro esses dias cinzas e húmidos porque dá pra dormir enrolada no meu edredon azul ou vendo filme o dia inteiro e ninguém reclamar. Também nunca entendi gente que reclama de tudo. Reclama porque a vida tá difícil, o salário tá de fome,o casamento vai mal. E passa a vida reclamando sem nunca mostrar um sorriso pra ninguém. E dai, como que ainda quer receber algum sorriso de volta? Eu já passei mais de uma noite inteirinha no meu quarto sentindo a falta de alguém. Eu também já achei que nunca mais ia passar. Mas eu nunca deixei de ser feliz. Eu nunca deixei de ver o dia ensolarado só porque alguém resolveu que tinha cansado de me querer. Se até eu já cansei de querer tanta gente. Se até eu já fiz alguns por aí ficarem a noite inteira no quarto sentindo minha falta. Todo mundo tem o direito, eu acho. Todo mundo tem o direito de ficar em sofrimento por algum tempo também. Mas eu prefiro passar o dia numa roda de amigos dando muita risada e comendo muita besteira. Sentir pena de si mesmo pode até parecer mais fácil por um tempo. Mas experimente sair e tomar um sorvete . Sai da bolha e vai lembrar como é o gosto do doce.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eterna saudade.*


Muitos que hoje conheço não sabem como eu era antes . Poucos sabem que eu não ria com as pessoas, e muito menos dava confiança para que as pessoas chegassem perto. Poucos sabem que somente os meus amigos me aturavam, e não era um grande número de amigos que tinha, porque a maioria se cansava e ia embora. Poucos sabem que eu falava muito, mas nunca de mim. Hoje os meus amigos podem contar comigo para sair, para ouvir os seus problemas e sabem que sempre que eu tiver um assunto que deseje partilhar irei contar sem que eles perguntem. Mas isso é hoje. Houve tempos que eu não falava, que eu só escrevia . Trancava-me no quarto sozinha e escrevia. Entre lágrimas, papel , e caneta escrevia e dia seguinte continuava a viver sem precisar incomodar os outros com os meus dramas. Continuo a fechar-me no quarto e a escrever os meus problemas, mas hoje sei que posso também falar porque afinal os meus amigos gostam de me ouvir e melhor ainda podem ajudar-me a sair do fundo do poço. Hoje sei que não preciso esconder os meus textos, porque as pessoas lêem, as pessoas se identificam, aconselham, partilham experiência, e uma dor partilhada é menos dorida, com certeza. Mas a verdade é que eu não descobri sozinha.. de certeza que os amigos que tenho hoje se afastariam (tal como muitos fizeram) se me tivessem conhecido nessa altura: fria, mal humorada, critica e alheia ao mundo. Mas ela não fugiu, mesmo quando eu a espantei e a disse na cara ' sabes eu não gosto de ti'.. ela não se afastou. e lembro até hoje quando ela sentou-se comigo e perguntou-me 'como foi a tua primeira vez?' e eu contei uma historia enormeeeee, de como nos havíamos conhecido, e de como chegamos aos 'entretantos' ela riu-se e disse ' Vânia és virgem'. eu olhei para ela sem saber o que pensar. já tinha mentido para tanta gente e toda gente tinha acreditado porque ela não acreditava. afinal na minha escola o papo era esse ' a minha primeira vez foi...' eu já me sentia a desenquadrada da turma , não podia ainda ser a desenquadrada virgem (adolescência não é fácil digerir) , por isso menti tantas vezes. mas ela não acreditou porquê , perguntava-me eu. ela disse que eu não devia ter vergonha de ser virgem e sim sentir-me orgulhosa por esperar pelo tempo certo. e assim fomos ficando amigas, eu com uma certa desconfiança mas já dando o braço a torcer. até que um dia o tal dia chegou, a tal virgindade foi dar uma volta e nunca mais voltou. fui a escola como sempre e ninguém disse nada, no fim do dia lá fui ter com ela, não iria falar nada se ela não pedisse que eu falasse (eu era assim não falava se não me quisesses ouvir mesmo sabendo que para as pessoas terem opção de escolha, ouvir ou não, eu tinha que começar a falar). Então cheguei para ela e não disse nada, conversamos e de repente do nada ela diz: 'Ayunni (era assim que gostavamos de chamar uma à outra) aconteceu alguma coisa que me queiras contar?' eu fiquei perplexa. afinal de contas antes ninguém perguntava se tinha algo para falar, se estava bem, ninguém , nem em casa, nem na rua , ninguem queria saber, e de repente ela aparece e nota que tenho algo a falar como se tivesse poderes de adivinhação. ainda perplexa respondo ' talvez' ela pergunta ' queres falar?' eu respondo ' não sei' ela diz ' ok acho que fiz uma pergunta desnecessaria. vais falar ou vamos ficar aqui ate amanha. Tua mae vai ter que ligar a minha para poderes ir para casa' ri-me e comecei a falar, falei tanto que acabou-me a saliva toda , falei de mim, dos meus pais, dos colegas, de tudo que escrevia , que não dizia e que sentia, ela olhou para mim e perguntou: ' como te sentes' eu não entendi e perguntei-lhe 'como assim?', ela ' como te sentes agora que falaste o que sentias?' eu: hmm bem. aliviada' e ela com um sorriso na cara respondeu-me ' é para isso que servem os amigos.. é para isso que sirvo. e sempre estarei aqui para te ouvir mesmo quando não quizeres falar, sabes que sou boa a obrigar'. rimos as duas e assim começou uma grande amizade. de amigas as pessoas começaram a chamar-nos de irmãs, e as nossas mães diziam que eramos irmãs que tinham sido separadas a nascença. e mesmo quando ela foi estudar para bem longe as coisas não mudaram, cartas, emails telefonemas, telepatia tudo servia para manter a amizade. quando ela vinha de ferias aí ninguém nos separava, a minha mãe já dizia para eu fazer a mala e ir viver com ela já que passava muito tempo em casa dela e a mãe dela dizia o mesmo quando era o contrário que acontecia. Passamos por tanta coisa que contada não expressa nem metade do que sentimos na hora. E por isso algumas pessoas não entendem porque falo dela como se tivesse estado com ela a menos de um mês, as pessoas não percebem como é que 6 anos depois eu levo-a sempre comigo como se acabasse de falar com ela ao telefone. as pessoas não entendem tudo que a nossa amizade significou, as pessoas não fazem ideia do quão importante ela foi para mim e sempre sera na minha vida. as pessoas dizem ' epa yah voces eram muito amigas quase irmãs, mas hoje tens outras amigas', mas elas não sabem que ela foi muito mais que uma amiga. talvez porque eu nunca as contei essa historia, afinal este era o nosso segredo, pelo menos por uma vez eu tinha algo bom para guardar p mim sem precisar partilhar com ninguém e sem precisar ficar triste por isso.

Foste embora mas ensinaste-me a ser feliz, a sorrir para vida, a encarar a vida com positivismo, e é quando vou abaixo que mais sinto saudades tuas, porque me percebias como ninguem conseguiu perceber-me até agora, percebias-me pelo meu olhar, sem palavras, simplesmente sabias. Amar-te-ei sempre e nunca me irei esquecer de ti. NUNCA.

Muitas saudades tuas minha ayunni. Descansa em paz e continua a olhar por nós aí de cima.

(não fiques triste por não estar a rir agora, como canta Boss Ac : não são lágrimas, são rimas de saudades).. Miss u*


17.07.10 - 00:34hrs


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Shhh..*


Disse pra mim mesma. Nem um pio. Não vou falar nada. Já que sou tão exagerada e inadequada. Já que sempre me excedo. Melhor não falar. Meu choro incomoda. Minha insegurança é problema meu. Minha agressividade é insuportável. Minhas constatações boas matam o amor. As ruins matam o resto todo. Minhas opiniões sempre se alongam e cansam. Minhas histórias acabam sempre no egoismo. Minha construção, desconstrói. Minhas ideias sempre acabam em guerra. Minha paz nunca chega. Minha voz doce assusta. Minha voz séria assusta ainda mais. Nem um pio. Disse pra mim. Falar do que sinto parece ser exactamente o que causa o problema. Então me pergunto sobre o que deveria falar, se só sei o que sinto. Quieta. É assim que será. Se digo certo, isso logo acaba.Se digo errado, nunca acaba. Nem um pio, é melhor. Combinei comigo. Porque toda vez que eu pergunto, quase ofendo. E se respondo, ofendo mais. Se não explico, tou a ser dramática. Se explico, sou mesmo dramática. Quieta. Isso! Eu sei que consigo! Se digo o que penso, eu penso sempre errado. Se digo sem pensar, erro por não pensar. Nada. Não vou sussurrar. Nem gemer. Nenhum som. Respiração muda. O silêncio absoluto. É no silêncio que se diz a verdade.

Simples Desejo.*




Hoje eu só quero que o dia termine bem ..*

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ele quer fazer-me feliz


Eu olho pra sua tatuagem, pro tamanho do seu braço e pros calos da sua mão e acho que vai dar tudo certo. Me encho de esperança e arrisco. Ele vem, me trata bem. E estraga tudo. Mania de ser bom moço, coisa chata.

Eu nunca mais quero ouvir que tú só tens olhos pra mim, ok? E nem o quanto és bom filho. Trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo.

Colabora. Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder. E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom. E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta. E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo. E que tudo bem se eu só quiser ficar lendo e não abrir a boca.

Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz. E acabar com a maravilhosa sensação de ser miserável. E tirar de mim a única coisa que sei fazer direito nessa vida que é sofrer. Anos de aprimoramento e ele quer mudar todo o esquema. O moço quer me fazer feliz. Veja se pode.

E aí passa a maior gostosa na rua e ele lá, idolatrando meu nariz. E aí o celular dele toca e ele, putz, perdeu a ligação porque demorou trinta mil horas pra desvencilhar os dedos do meu cabelo. Com tanto potencial pra me dar uns tapas, o moço adora me fazer carinho com a ponta dos dedos. Não dá, assim não dá.

Deveria ter cadeia pra esse tipo de homem. Pior é que vicia. Não é que acordei me achando hoje? Agora se algum homem me trata mal eu não deixo.Dei de achar que mereço ser amada. Veja se pode. Vinte e três anos servindo de capacho, feliz da vida, e aí chega um desavisado e muda tudo.

Até assoviando eu tô agora. Que desgraça.Ontem quase, quase, quase ele me tratou mal. Foi por muito pouco. Eu senti que a coisa tava vindo. Cruzei os dedos. Cheguei a implorar ao acaso. Vai, meu filho. Só um pouquinho. Me xinga, vai. Me dá uma apertada mais forte no braço. Fala de outra mulher. Atende algum amigo retardado bem na hora que eu tava falando dos meus medos. Manda eu calar a boca. Sei lá. Faz alguma coisa homem!
E era piada. Era piadinha. Ele fingiu que tava zangado só para ver minha reacção. E acabou por aí. Já veio com o papo chato de que me ama e começou a melação de novo. Eita homem pra me beijar. Coisa chata.

Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá. Onde já se viu andar com um homem desses. O homem me afasta a cadeira no restaurante para que eu sente. Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos. Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada. Depois de vinte e três anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex.

Como é que isso foi acontecer logo comigo? Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz?

Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar beijinho. *


(adoro esse texto. nada melhor que uma relação assim chatinha, cheinha de mimos, de dar inveja, de enjoar os diabéticos.. adoroooo).*





Naquele restaurante*


Casados eles não pareciam ser e aquele jantar cedo, num restaurante modesto, comum, era muito bom de se ver.

Estavam sentados um ao lado do outro, e parecia claro que não iriam para a mesma casa depois do jantar, não dormiriam nem acordariam juntos. Por isso, talvez, tinham tanto a dizer um ao outro. Ela às vezes passava a mão no pescoço dele com caricias lentas, daí a pouco ele devolvia o carinho e segurava a mão dela num gesto rápido, isso por cima dos pratos, sem que nada fosse fora de propósito nem inadequado, como nunca são os gestos que saem do coração.
Não havia entre eles aquele clima de urgência que se nota nos casais de hoje em dia, a pressa de acabar o jantar rápido para depressa chegarem ao quarto. Muito pelo contrário, eles pareciam apaixonados pela conversa, pelo toque, pelo barulho dos talheres. Como se tivessem escolhido o restaurante a gosto para ficarem juntos um pouco mais pelo prazer da companhia um do outro. E os carinhos trocados não eram os da paixão, mas os do amor; de um amor sólido e profundo.

Eles falavam, e os assuntos não eram esses de namorados; falavam de tudo, interessados um no que o outro dizia, trocavam idéias como se fossem dois grandes amigos, o que é raro entre homem e mulher.

Ele talvez falasse de algum novo cliente que chegou a empresa, ela talvez de algum acordo assinado no escritório, ou do problema de uma amiga; aí, de repente, um carinho - sem olhares melosos, nada. Apenas a necessidade de tocar no outro, só isso. Estavam ali, inteiros, muito próximos e muito seguros.

Ela não era nem extremamente bonita, nem com um corpo excessivamente chamativo, nem ele. Eram pessoas absolutamente normais,. Mas naquela mesa pequena daquele restaurante banal havia tudo o que uma mulher e um homem podem querer um do outro: confiança, amizade, amor, paixão - mesmo que discreta -, sexo bem resolvido e segurança. Eles iriam se separar daí a pouco, sentiriam falta um do outro, mas sem angústia ou desespero, sabendo que se encontrariam de novo no dia seguinte ou na semana seguinte, confiando no seu próprio desejo e no do outro, porque aquele amor tinha essa coisa tão rara nos amores em geral: era sólido.

Ele pediu a conta, os dois saíram abraçados normalmente; na esquina,beijaram-se rapidamente, e ela entrou no carro, enquanto ele a observava. Ela foi dormir pensando nele, ele pensando nela, e eu pensando neles. Pensando e imaginando quantas pessoas, neste mundo de tantas paixões, vaidades, ansiedades, desvarios, terão tido a sorte de viver um amor assim tão bom.

Não, o amor não é lindo, como se diz banalmente: o amor é muito bonito quando é de verdade, e o deles era.



Tinha que ser vc.

'Os outros eu conheci por ocioso acaso. A ti vim encontrar porque era preciso..*


E se com palavras não quisermos, não pudermos, não soubermos dizer nada um ao outro; senta ao meu lado, assim mesmo.Deixa os nossos olhos se encontrarem uma vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor.
Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu.
Às vezes, não é de palavras que a gente precisa.*


Ser Gente


Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. Música. E pessoas inteiras. Não me importa o teu sobrenome, onde nasceste e quanto carregas no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida.

Tem muita coisa dentro dessa cabeçinha? Então jogue essa porra de identidade fora e senta aqui. Pára de falar do último video do Chris Brown. Da tua viagem aos States. E se tiveres que falar disso por favor seja breve. Eu quero mesmo é saber de ti. Tu não és somente uma festa, uma foto no facebook, um carro bonito que te custa caro. Tú não es somente um i-phone, uma tv plasma. Tu es GENTE.! E gente sente. Gente ama, sofre, sente sono. E tem medo.

Antes que a conversa se estenda, quero esclarecer logo. Não sou hipócrita, veja bem. Também adoro uma boa festa, champagne. Tenho um ego chato que apaga fotos em máquinas alheias se saiu mal nelas. Fico emburrada se a calça jeans não fica bem. Brigo com meus defeitos (que são caros, fartos e meus). E acho que todo mundo também. Mas o que vim dizer hoje não é isso. Ou melhor, é sim. O que eu quero falar na verdade é que: NÓS PODEMOS SER BEM MAIS QUE ISSO. Que tal preocupar-se um pouco mais com SER do que com o TER, nem que seja pra variar?

Mostre sua essência, tudo o que há por trás desse sorriso lindo e óculos escuros.

Eu sei, nasci meio desalinhada. A verdade é que eu não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos.

(A verdade é que hoje em dia muita gente vive de aparências, mostrando tudo que de bom tem – e algumas vezes nem tem – eu quero mais, quero pessoas que sofrem, que riem, que dão a cara a tapa, que vivem, caem, e levantam).

Porque casamento?


Talvez eu seja mesmo uma desvairada. Porque só mesmo uma louca para apostar em casamento nos dias de hoje.

Para mim o casamento torna qualquer detalhe revelador, chance de traficar ternura. Perguntar que horas ele volta é uma preocupação comovente, de quem deseja ficar mais tempo junto. O amor é simples, tão simples que fingimos sabedoria ao dificultá-lo.

Hoje em dia defender uma relação fechada é impronunciável, uma burrice. Acabo calada por vaias e ‘deixa disso’. Não aguento o pessimismo que circunda a sociedade. As pessoas estão tão entregues ao medo que perguntam ao seu parceiro: "Se algum dia me traires, prometes contar?’’. A questão já coloca a infidelidade como certa. Contar ou não confessar passa a ser o dilema. Não se confia mais na fidelidade, mas somente na franqueza. Outras resmungam por todos os cantos que o homem não é monogâmico, não adianta tentar mudar, faz parte da natureza . Aceita-se que ele não tem escolha, que se trata de um condicionamento biológico, ou talvez uma maldição darwiniana.

Até as lojas de vestidos de noiva estão cada dia mais escassas. Os manequins estão solteiros nas vitrines. E o Casamento é posto como cativeiro, um espécie de cadeia, onde se subtrai os direitos e se multiplica os deveres.

O casamento é visto como uma felicidade passageira para algum doente terminal.

Para mim o matrimônio deveria abandonar o contrato. Talvez se fosse um pacto. O pacto são dois num só apelo, diferente do contrato que é cada um por si. O pacto é palavra, o contrato é letra. A palavra é lembrança, a letra é cobrança. O pacto é confiança, o contrato é obrigação.

Para mim se eu consigo namorar, consigo casar também. Não acredito que tenha que diminuir algo, talvez aumentar o amor e a partilha*

Cada um com o seu.*


Quando se começa a namorar com alguém o passado vem junto, e passado é uma merda. É aquela melhor amiga com quem ele já andou um dia, que agora frequenta a casa dele e o convida pras festas, é aquela prima que ele passou a vida inteira apreciando e de repente ela começa a dar bola pra ele (e lógico, tú não tens direito de sentir ciúme de “prima”). Tem ainda aquela ex-namorada que vinha entrando e saindo da casa dele, que os pais dele já a conheciam, e que dormia na mesma cama que hoje quem dorme es tú. É inclusive nessa mesma cama pra onde ele levava uma mulher diferente toda semana, em que vais ter que dormir. É com esse monte de histórias que ele vive a contar que fazia que vais ter que conviver agora.

Ter um relacionamento, seja ele qual for, não é fácil. Ter um passado, seja ele qual for, é inevitável. Tem gente que traz um passado mal resolvido. Tem gente que traz um filho. Tem gente que traz uma ex-namorada que não o deixa em paz. Tem gente que traz traumas de relacionamentos antigos. Tem gente que traz medos. Decepções. E mágoas.

O passado deveria servir pra ensinar, e depois ficar pra trás. O passado não deveria ser uma mala que se carrega a viagem inteira. Tudo que se vive é válido. É lindo (algumas vezes). Mas é passado. Serviu como experiência, mas passou. Passado.

Todo mundo têm uma memória interna. Um HD onde se guarda tudo, desde que se nasce. E é nessa memória interna que as lembranças devem permanecer.

Quando o passado começa a brigar com o presente, é porque alguma coisa está errada. Fora de lugar. Um deles está invadindo o espaço do outro. Seu passado é só seu. O passado do outro é só do outro. E, se esse passado não foi vivido no seu devido tempo, não tem porque ser vivido no presente."

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Defesa*

Trabalho de Defesa não é obra divina, a meu ver é trabalho do diabo com o simples intuito de dificultar a vida do pobre do universitário que depois de quase uma vida estudando só quer acabar a faculdade. Eu até adoro o meu tema, aprendo muito, e acima de tudo falo de um assunto ainda muito novo no meu país, mas incrivel como nada disso torna a pesquisa mais divertida e menos cansativa. Já ouvi falar que entrar na faculdade é a parte mais difícil, mas pior mesmo é sair dela. Sofro porque não tem outro jeito. Preciso destas 30 ou 40 páginas feitas, e corrigidas para poder ser chamada Doutora. É foda, mas é o unico modo. Aceito ideias, conselhos e um Trabalho de defesa que esteja pela metade ou até no fim..

Amor de propaganda


Há casais que não realizam propaganda do seu amor. Não narram vantagens, não se elogiam em público, não descrevem o que ele preparou de especial na noite anterior, não geram ciúme, muito menos inveja entre os amigos. Não se derramam em abraços em cada esquina.Felizes? Talvez.

Mas para mim não há como ser feliz sem merchandising do que se está vivendo. Sem fofoca.
O amor é público. Não existe como disfarçar. Sensibilidade controlada é indiferença.



Um dia de cada vez*


Ando bem, mas um pouco aos trancos.
Costumo dizer, um dia de salto alto,
outro de sandália rasa..*

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aceitar a Tristeza*


Se eu te disser que hoje acordei triste, vais pedir para eu me animar ou vais me tentar convencer que existem pessoas com problemas mais graves que os meus (como se isso diminuísse a dor que sinto). Vais me dizer para descansar e que de certeza ao acordar estarei melhor e voltarei a ser aquela que sempre fui . A isso se chama amizade, a isso se chama amor, e eu sei que me vais dizer isso exactamente porque queres que eu fique bem, e porque gostas de mim. Mas a verdade é que tal como muitas pessoas, tu não toleras a tristeza, nem a tua, nem a minha , nem a de ninguém. Para ti e pra muitos a tristeza é uma anomalia humana, uma doença contagiosa, que é melhor iliminar antes de se alastrar.
Mas a verdade é que não acordei triste hoje, nem mesmo melancólica, estou normal. Mas se eu acordar triste também será normal. Porque ficar triste é algo comum, é um sentimento legitimo como qualquer outro, tão legitimo quanto a alegria. é um registro da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silencio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. Depressão é coisa mais seria, contínua e complexa.
Estar triste é tar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários, ou consigo mesmo, é estar cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer sem razão aparente (as razões tem essa particularidade de serem discretas).
A verdade é que todos cantam e escrevem sobre a tristeza, mas poucas são as pessoas que a enfrentam de facto. Os esforços não são para compreende-la e sim para disfarça-la, sufoca-la, ela que somente quer usufruir do seu direito de existir.
Claro que é melhor ser alegre que ser triste , tal como diz Vinícius, mas melhor mesmo é q ninguém te prive de sentir seja o que for. O melhor é que nos deixem quietos, se assim quisermos, porque quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pco de certeza que voltamos anunciando o fim da dor – ate a proxima (normais que somos).

O amor não tem culpa


Era uma vez uma mulher que namorava um principe encantado. 3 meses depois descobriu que ele não era nenhum principe encantado e sim um idiota qualquer disfarçado de perfeito, que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem nem se dar ao trabalho de se despedir. 'Mais um'-diz ela. 'São todos assim os homens' - resmunga. ' Não acredito mais no amor' - finaliza desapontada.
Aí eu intervenho. Calma aí. Porque o amor tem que levar a culpa desses desencontros? Que a mulher não acredite no Paulo, no Pedro ou no Patafuncio, tudo bem, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e apartir daí não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar tentando. Não foi o amor que caiu fora. Alias, ele talvez nem tenha entrado nessa historia.Porque quando o amor entra é pra contribuir, para apimentar, para fazer feliz. Se o relacionamento não deu certo, ou deu certo por um tempo determinado e depois acabou, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigado e até a proxima. Fique com o cartão dele, porque vais chama-lo um dia denovo, vais precisar dos seus serviços, podes ter certeza.
Dispense namorados, mas não dispense o amor. Viver sem amor por um tempo é normal. Viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência. Só não pode ser uma escolha, nunca.Escolher não amar é suicidio, é não ter razão pra existir. Não adianta qerer compensar com o amor pelos amigos, cachorros, filhos.. não é com eles que vais ficar de mãos dadas no cinema..

O amor é sempre acusado, coitado. acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que a passagem tenha sido breve.

Qualquer amor merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo carissimos, não é ele.. somos nós... ~Martha Medeiros