segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Traição


O assunto de momento agora é a traição. Porque os homens são iguais e faz parte da sua natureza trair ou porque as mulheres decidiram mostrar que também sabem trair. Não sei quais os verdadeiros motivos para que cada um deles o faça, mas para mim seja qual for o motivo, para trair é preciso ter jogo de cintura. Ter a capacidade de viver uma vida dupla, não é para quem quer. É quase uma profissão. E só quem nasce com esse dom consegue faze-lo. Eu vivi muito disso na minha infância entre as mudanças de mulheres do meu pai, enquanto a minha mãe assistia a tudo na esperança de que um dia ele mudasse e virasse o principe encantado com quem ela casou. Pura ilusão. Quando conheci os inúmeros sapos com quem me relacionei testei exactamente o que a minha mãe experimentou e até tive a paciencia de esperar a mudança de alguns. Mas quem nasce com esse 'dom' pouco ou nada faz para mudar. E por isso nunca tive tempo para isso. Para viver vidas duplas, para fingir estar num sitio quando estou noutro. Não. Não tenho paciência, não consigo e nem quero tentar. Porque no fim a dor não é so de quem é traida, a dor é maior para a pessoa que trai. E eu vi isso nos olhos do meu pai e nos sapos sobre o quais já falei. Se não dá para ficar com a pessoa é melhor que se diga. Ficar com alguem enquanto se saboreia outros pratos é das piores maldades que o ser humano é capaz de fazer. E eu tou fora...

E mais não digo. Que a carapuça sirva para quem é de direito...

Sem comentários:

Enviar um comentário