terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Psicologa da vida... jamais uma paciente*




As pessoas sempre exigiram muito de mim. Atenção, concentração, carinho, amor, fidelidade, lealdade, companheirismo, amizade. Se nunca dei? Já . E muito. Já pensei mais nos outros que em mim. Se valeu a pena? Quase nunca vale a pena, aprendi. E talvez porque nunca tenha valido a pena decidi viver para mim. Decidi por os meus problemas em primeiro lugar. Descobri que de tanto camuflar os meus dramas, duvidas e inseguranças com os problemas dos outros havia acumulado um emaranhado de magoas. Mas desta vez eu ja tinha decidido, iria olhar para mim. Superar os meus problemas, resolve-los como pudesse. Esquece-los se conseguisse. Supera-los a seu tempo. Se alguem ficou para ajudar? Uns tentaram, outros nem notaram, e outros ainda fingiram nem perceber. Mas ninguem ficou. Ninguem aguentou. E mais uma vez voltei a ser o que talvez sempre serei...aquela que segue ouvindo e entendendo os dramas dos outros sem nunca ser entendida da mesma forma. Talvez eu tenha nascido para não ser compreendida. Psicologa da vida... jamais uma paciente*

1 comentário:

  1. Adorei o texto. “Psicóloga da vida... jamais uma paciente”. Acertado em cheio. Maravilha! A imagem, o argumento… as palavras exactas nos momentos exactos… lindo mesmo. Com toda razão… um psicólogo nunca deverá ser paciente. Afinal quem deve cuidar de nós quando precisarmos de alguém que também precisa de nós? Algumas vezes chegamos a pensar que por sermos psicólogos, não temos direito a psicólogo. Chegamos a pensar que a nossa missão é agradar aos outros e esquecermos de nós. Em algumas vezes até chegamos a pensar o pior… “que nascemos para sermos usados” ou algo parecido. Mas o grave mesmo é quando não damos a mão a quem realmente nos quer ajudar. Gostei mesmo. É lindo.

    PS: I feel the same!

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